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PenseHumanas

O dever da consciência

Qual Ciro Gomes você prefere odiar? O destemperado, Sísifo condenado a colocar tudo a perder, eleição após eleição, com uma frase infeliz? O coronel (e coronel por ser nordestino), machista e atrabiliário? O personalista, que troca de partido como muda de camisa? O “polêmico”, segundo redatores preguiçosos e enfadonhos? O traidor, que buscou refúgio em Paris quando mais se precisava dele, às vésperas do segundo turno de 2018? Todos eles ao mesmo tempo?

 O presidenciável do PDT desperta, como José Dirceu em Roberto Jefferson, os instintos mais primitivos em um sem- -número de petistas, tucanos, rebanhos, pastores, generais de pijama, homens de bem, dependentes de cloroquina, rentistas, tropicalistas e isentões. É raro encontrar alguém indiferente a Ciro. A reação epidérmica à sua simples presença é ao mesmo tempo um dom, que a esta altura, a caminho dos 63 anos, o pedetista utiliza de forma mais consciente do que inconsciente, e uma maldição, pois, com frequência, oblitera suas análises agudas da realidade. A Ciro, diria a nova sociologia, desde sempre se reservou um “lugar de fala” peculiar no debate político: ele é o inteligente, mas mercurial, o preparado, mas inconfiável, histriônico, inconstante. Quem se mostra disposto a mergulhar de cabeça nesse oceano de estereótipos – e não são poucos – ganha o direito de relaxar na sombra das certezas inabaláveis. Desnecessário, portanto, confrontar ideias, analisar a coerência das ações, interpretar as idiossincrasias. Mais fácil mantê-lo confinado no senso comum.

 É uma das tragédias brasileiras. Na massa amorfa chamada, por falta de repertório, de campo progressista, ou esquerda, Ciro é uma rara mente aguda e atilada, uma liderança que, sem abrir mão das convicções, esforça-se para entender as mudanças no País e no mundo. Quem duvida tem uma nova oportunidade de vasculhar a mente do ex-ministro, exgovernador e ex-prefeito. Em Projeto Nacional: Dever da Esperança, disponível no site da Amazon a partir do sábado 30, Ciro Gomes refina e atualiza o programa de governo que tentou em vão discutir nas eleições presidenciais de 2018, dominadas pela facada e pelas fake news. O fato de ter sido escrito antes da pandemia do coronavírus não torna o livro obsoleto. Ao contrário. Excluída a meia dúzia de fanáticos da seita ultraliberal comandada pelo ministro Paulo Guedes, à espera da ressurreição de Milton Friedman e Augusto Pinochet, o mundo pós-Covid estará mais próximo das ideias do pedetista do que dos delírios da “ekipekonomika”. “Nenhuma nação sustenta seu desenvolvimento com dinheiro dos outros”, escreve. “Nada substitui um projeto nacional e por sua natureza o mercado não pode oferecer a gestão e a coordenação deste.” Discurso mofado, acusarão alguns. Não se engane. É o que “aqueles seis bancos que enganam 200 milhões de trouxas”, no sincericídio do ministro Guedes, esperam que você pense.

 Projeto Nacional passeia honestamente pela história do Brasil. Assessorado pelos economistas Mauro Benevides Filho, cotado para ser ministro em um eventual governo de Ciro, Nelson Marconi e Flávio Ataliba, o presidenciável não derrapa nas citações nem na análise do desenvolvimento do País ao longo do século XX e nas primeiras décadas do XXI. Era uma introdução necessária, mas previsível. Os pontos cruciais encontram-se, no entanto, nos capítulos que expõem os planos para o futuro. A abordagem excessivamente economicista não é gratuita, muito menos demonstra insensibilidade com outros aspectos da vida cotidiana. O presidenciável exibe uma certa implicância com o predomínio das pautas identitárias no campo progressista. Pisa em ovos para tratar do assunto, em nenhum momento releva o peso dos preconceitos, a começar pelo racismo, na formação da sociedade brasileira, mas não deixa de levantar uma questão válida. “A soma dos interesses identitários”, anota, “não é igual ao interesse nacional.”

 Seria uma negação da luta de negros, LGBTs e feministas? Não parece. Sem fortalecer as demandas das “minorias”, Ciro reconhece no livro e em entrevistas, o Brasil nunca alcançará a modernidade. (Escrevo minorias entre aspas por se tratar de um termo estatisticamente falso, ao menos no caso de negros e mulheres, a verdadeira maioria.) Nos capítulos sobre o projeto nacional, o pedetista atém- -se a outro aspecto da discussão. De uma cidadela inexpugnável, o 1%, o topo da pirâmide, assiste impávido à “guerra cultural” na planície. Para transformar o País, para tirá-lo da Idade Média, argumenta o presidenciável, é preciso antes de tudo derrubar os muros dessa cidadela.

Em 13 anos, os governos do PT melhoraram a vida dos mais pobres, mas não desmontaram a principal máquina de produção de desigualdade, em um país que no quesito concentração de renda só perde para o diminuto e autocrático Catar: o regressivo sistema tributário. Somos um paraíso fiscal para bilionários e milionários, o Olimpo dos rentistas. Por pressão das corporações, social-democratas e trabalhistas repeliram a discussão de uma reforma justa da Previdência. Deixaram o “trabalho sujo” para os liberais e deu no que deu. Sob o tacão de Bolsonaro e Guedes, o Congresso reformou o que não precisaria ser reformado, piorou a situação dos mais vulneráveis, colocou o regime de aposentadorias na rota da destruição, poupou os juízes e criou novos privilégios para os militares. Nos 35 anos desde o fim da ditadura, acuados pelos mercados, aceitamos o consenso dos juros altos e câmbio flutuante que matou de inanição a indústria e devolveu o País à era do “café com leite”. Poderosas, as monoculturas exportadoras enfim transformaram o poder público em um latifúndio de seus interesses: mais agrotóxicos, menos Amazônia.

Inspirado em Norberto Bobbio, Ciro reafirma a divisão entre direita e esquerda. Mais uma vez, recorrente à “centralidade”, para usar uma de suas palavras preferidas, da economia: “Se dizer de esquerda e não gerar excedentes de recursos públicos para financiar a mudança de vida dos mais pobres é retórica”, escreve. O livro tem como subtítulo “O dever da esperança”. Apesar de a esperança ser um bem escasso nos nossos dias, aos políticos não resta outra alternativa a não ser celebrá-la. Em Projeto Nacional, Ciro Gomes faz um apelo genuíno – não sei se eficaz – à razão. Com o Brasil mergulhado em um transe que parece sem fim, não deixa de ser um esforço admirável.



*Texto originalmente publicado na Revista Carta Capital na edição exclusiva para assinantes.

Os textos publicados são de inteira responsabilidade dos autores.

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Autor Sergio Lirio do post O dever da consciência
Sergio Lirio

Redator-chefe da revista Carta Capital

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